domingo, 1 de abril de 2012

Afonso Coelho, o "homem do cavalo branco"



"O Homem do Cavalo Branco - uma história do jornalismo policial da Belle Époque carioca" é o livro que lancei pela Editora Documenta Histórica. O livro conta a história de vida de Afonso Coelho de Andrade (1875-1922), o maior estelionatário da Velha República, que assustou o sistema judiciário republicano com seus golpes e fugas sensacionais. A narrativa, que tem como pano de fundo as relações entre imprensa sensacionalista, polícia e sociedade na Belle Époque carioca, descreve as aventuras do "herói das mil notícias" do Jornal do Comércio, o "Rocambole brasileiro", êmulo dos heróis dos folhetins franceses do século XIX.
A obra inédita, escrita no estilo romance-reportagem, é o resultado de uma pesquisa de três anos em microfilmes de jornais antigos e processos judiciais do Arquivo Nacional, reunindo crônicas e poesias de Olavo Bilac, João do Rio, Orestes Barbosa, Lima Barreto, Monteiro Lobato e outros escritores da época.

A fuga no cavalo branco (19.05.1897)



AFONSO COELHO e os 115 anos da fuga mais escandalosa da história policial do Rio de Janeiro - Da praça da República a Inhaúma, fugindo no meio de um julgamento montando o seu cavalo branco (19-Maio-1897)... 

Canudos e Afonso Coelho

A história do cavalo branco aconteceu em plena revolta de Canudos (1897). Afonso Coelho, que era católico e monarquista, teria fornecido armas a Antonio Conselheiro, segundo relatam alguns jornais.
As matérias sobre Canudos e Afonso Coelho dividiam as mesmas páginas dos jornais, como se pode observar no recorte abaixo de O Estado de São Paulo, de 08.08.1897.
Palavras de Afonso Coelho: "Hei de ir e nada me acontecerá. Deus me protege. Deus que esses miseráveis (republicanos) baniram de minha terra, e que eu hei de restaurar com a monarquia." Gazeta de Notícias, 31.05.1897.


O Supremo em xeque com o caso "Coelho"...


A (terceira) Prisão

O comboio da Mogiana partia de Uberaba, levando o preso em direção a Campinas (13.08.1897). De lá tomaria outro trem em direção à capital paulista. Na estação da Luz, mais de 1.000 pessoas aguardavam para ver de perto o homem que pregava peças ao capital e à polícia.